sábado, 18 de julho de 2009

Comentários sobre questões endofóricas/exofóricas

Olá pessoal!

Vamos aos comentários das questões do último post.

1- Na frase “meu sonho é este: conseguir um emprego público”, o pronome “este” tem valor:

(A) Exofórico
(B) Epanafórico
(C) Dêitico
(D) Catafórico V
(E) Anafórico

Comentário: questão bastante recorrente em provas da FGV, além de ser o exemplo clássico de função catafórica. Toda vez que houver um pronome demonstrativo introduzindo um aposto, não devemos ter dúvidas em marcar a opção que indica uma catáfora.

(FGV - BESC – Advogado - 2004)"Mas, enquanto isso, no mercado financeiro, os bancos pensam em como superar um dilema." (L.3-4)
O pronome grifado na frase acima exerce uma função anafórica. Assinale a
alternativa em que isso NÃO ocorra.
(A) Chegamos no dia 23 às 22 horas. Nessa noite, as estrelas pareciam
brilhar mais do que o costume.
(B) Nossas dúvidas residem nisto: não saber equacionar problemas. V

Comentário: como visto na questão anterior, o pronome “isto” tem função catafórica, sendo portanto, a resposta da questão.


(C) Os sistemas de busca estão atualizados. Em tais sistemas, é possível
selecionar o idioma de preferência.
(D) Nada há para julgar. Isso resolve mais facilmente o nosso problema.
(E) Os amantes e os amados vivem em desencontros. Estes vivem, sem
dúvida, mais perdidos que aqueles.

(FGV - BESC – Assistente Adm – 2004)Assinale a alternativa em que o que NÃO desempenhe papel idêntico ao do presente em "...reduziu-se o consumo das famílias, que responde por algo como 60% do PIB total". (L.6-7)

Comentário: inicialmente, devemos identificar a que o pronome “que” é relativo, exercendo papel anafórico (refere-se ao substantivo “consumo”).

Com isso, basta encontrarmos a opção na qual o pronome “que” não é relativo. Concluiremos que é a opção B, onde a palavra “que” é uma conjunção integrante, introduzindo uma oração subordinada substantiva subjetiva.

Percebemos que a FGV cobrou a diferença entre função anafórica e catafórica de forma camuflada.

(A) "Como me disse um dirigente de empresa que vende para o mercado
local..." (L.1-2)
(B) "Entretanto, é certo que, em 2004, o desempenho do mercado interno será positivo..." (L.34-35)
V
(C) "...a taxa-Selic continuará a ser reduzida a partir do patamar de 16,5% a
que chegou no fim do ano passado..." (L.38-40)
(D) "...serão necessários vários anos de crescimento continuado para
recuperarmos o que se perdeu." (L.47-48)
(E) "E isso, por sua vez, depende de uma retomada firme dos investimentos, que ainda não está à vista." (L.48-49)

4- (FGV – Fiscal de Rendas MS - 2006)Nas atuais condições em que exerce a sua hegemonia, a direita "moderada" conseguiu infiltrar seus critérios no discurso da esquerda "moderada". (L.54-56)
A palavra seus no trecho acima tem valor:

Comentário: pelas opções de resposta, é possível perceber que a FGV tentou confundir o candidato, colocando figuras de linguagem nas alternativas.

O pronome “seus” se refere à expressão “direita moderada”, fazendo papel anafórico. Atentemos ao fato de que nem só pronomes demonstrativos exercem função anafórica.

(A) anafórico. V
(B) anastrófico.
(C) catafórico.
(D) hiperbólico.
(E) paragramático.

5- (FGV – Técnico de TI MS - 2006) No texto I, esta (L.14) tem valor:

Texto: E nos deu tantas coisas mais que até piadas criamos sobre
isso. Todo mundo conhece esta, mas eu a repito, estou amparado pelo Estatuto do Idoso.

Comentário: uma questão relativamente difícil!

O demonstrativo “esta” se refere à piada, que foi em seguida mencionada pelo autor do texto. Entretanto, muitos candidatos devem ter considerado que o pronome se referia a palavra “piadas”, do período anterior.

Ora, a piada é “estou amparado pelo Estatuto do Idoso”. Por isso, temos um exemplo de função catafórica. Apenas para simplificar, o período poderia ser reescrito da seguinte forma:

“Todo mundo conhece esta: estou amparado pelo Estatuto do Idoso. Mas eu a repito.”

(A) anafórico.
(B) catafórico. V
(C) dêitico.
(D) epanafórico.
(E) paragráfico.

6- (FGV – Fiscal de Rendas RJ – primeira prova) No trecho “O avanço deste não acarreta necessariamente impacto positivo daquela. (L. 91-92)”
demonstrativos exercem, respectivamente, função:

Parágrafo do texto: Esse raciocínio baseia-se, contudo, numa falsa compara
ção. Primeiramente, porque a alocação de novos recursos nada tem a ver, em princípio, com o impacto tecnológico.
O avanço deste não acarreta necessariamente impacto positivo daquela.

Comentário: uma questão aparentemente mais complexa, por tratar de dois pronomes. Na verdade, a questão é bem fácil, já que este é um recurso que usamos com bastante frequência para nos referirmos a termos anteriormente mencionados.

Acho que muitos erraram essa questão por não dominarem os conceitos de anáfora, catáfora e dêitico.

(A) anafórica e catafórica.
(B) catafórica e catafórica.
(C) anafórica e anafórica. V
(D) catafórica e anafórica.
(E) dêitica e dêitica.

7- (FGV – Fiscal de Rendas RJ – segunda prova) Com base na frase “No seu entender, é lícito tudo que o beneficia” (L.54-55), analise os itens a seguir:
I- O pronome “seu” tem valor anafórico;
II- O sujeito do verbo “beneficia” é “tudo”;
III- O sujeito do verbo “é” é oracional.

Parágrafo do texto: Essa é a razão que socorre o homo economicus, que pensa em sua conveniência econômica e não
reconhece nenhum dever moral de conduta. No seu entender, é lícito tudo que o beneficia.

Comentário: reproduzi o parágrafo inteiro para que possamos identificar o referente do possessivo “seu”. Pela leitura do trecho, percebemos a expressão “homo economicus”, a qual o pronome se refere.

Percebam que esta questão foi ainda mais fácil que a da primeira prova do ICMS-RJ, provavelmente porque o índice de erros na primeira prova foi alto. Portanto, podemos esperar uma questão um pouco mais complexa dessa vez.

Como já me perguntaram o porquê das outras duas alternativas estarem erradas, vou analisá-las também:

É lícito tudo que o beneficia. (temos que separar as orações)

1- É lícito tudo.

2- que (tudo) o beneficia.

A afirmativa II está errada pois, apesar do pronome relativo significar “tudo”, este é o sujeito do verbo ser da oração principal. Por isso é importante separarmos as orações. Assim, evitamos qualquer tipo de confusão.

A afirmativa III também está errada, já que o sujeito do verbo ser é “tudo”.

A- todos os itens estão corretos;
B- somente o item I está correto; V
C- somente os itens II e III estão corretos;
D- somente os itens I e II estão corretos;
E- somente os itens I e III estão corretos.

8- (FGV – Ministério da Cultura – Agente Adm – 2006) Desse (L.23) tem valor:

Parágrafo do texto: Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barracão dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e
ibéricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, a estranha
mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba.
"Resolvi registrar esse convívio e, aos poucos, ia me
embrenhando na favela para conhecer seus personagens."

Comentário: vejamos aqui uma questão mais elaborada sobre anáfora. O demonstrativo (d)esse, se refere a algo que aconteceu anteriormente, porém, antecede o substantivo “encontro”, quando na verdade, se refere à mistura dos ritmos afros e ibéricos.

Esta talvez tenha sido a questão mais difícil desta lista.

Dica: a anáfora pode se referir a uma situação, um fato ou até mesmo a tudo o que foi exposto em um parágrafo anterior.

(A) anafórico. V
(B) catafórico.
(C) dêitico.
(D) adverbial.
(E) substantivo.

9- (FGV – Ministério da Cultura – Analista de Sist – 2006) O pronome Esse (L.40) tem, no texto I, valor:

Parte do Texto: O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos,
convidados e imprensa se misturavam para ouvir histórias,
receber a bênção e acompanhar os brevíssimos discursos.
Antes de começar a festa, os vizinhos já tinham tomado conta
da Casa, na alegria deste sinal de vida nova...
Esse exemplo de união pela cidadania deveria mover
muitas vezes o poder público, o empresariado, os artistas e a
comunidade para semear Casas da Leitura pelo Acre como
seringueiras e castanheiras.

Comentário: justamente a possibilidade a que me referi na dica da questão 8. O demonstrativo se refere a uma situação descrita no período anterior.

Entretanto, considero esta questão um pouco mais fácil pois o pronome antecede a palavra “exemplo”. Ora, onde está o exemplo? Em alguma parte anterior do texto.

(A) díctico.
(B) catafórico.
(C) anafórico. V
(D) metafórico.
(E) resumitivo.

10- (FGV - Potigás – Administrador – 2006) A diplomacia é exatamente isto: a arte de usar sinais e palavras para manifestar agrados e desagrados, defender interesses e estabelecer limites, construir respeito recíproco e
negociar parcerias. (L.37-40)
O pronome destacado no trecho acima exerce função:

Comentário: mais um exemplo de demonstrativo introduzindo um aposto.

Vejam a quantidade de questões idênticas. Não é preciso perder mais de trinta segundos nesta questão. Ainda fizeram o favor de retirar o trecho e colocar na questão.


(A) anafórica.
(B) dêitica.
(C) epanafórica.
(D) catafórica. V
(E) díctica.

11- (FGV – TJ MS – 2008) “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou
regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o
desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social
e ambiental.” (L.37-41)
Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente,
valor:

Trecho anterior ao parágrafo citado:
“Os países mais pobres viram na OMC a possibilidade de se unir contra os mais fortes. Valeram-se disso ao bloquear a negociação em Cancún, paralisada desde a rodada de Doha.”

Comentário: comecemos pelo pronome “isso”, já que é o mais fácil. Ao identificarmos que a expressão “Com isso” apresenta uma conclusão, é simples percebermos que ela se refere ao que foi exposto anteriormente.

Já o outro pronome se refere à situação apresentada no período anterior, que trata da paralisia da negociação. Esta era um pouco mais difícil de ser identificada se o candidato pensasse que a anáfora deve obrigatoriamente se referir a uma palavra anterior, o que vimos que não é verdade.

(A) catafórico e catafórico.
(B) anafórico e anafórico.
V
(C) dêitico e dêitico.
(D) anafórico e catafórico.
(E) catafórico e anafórico.

Gabarito

1- D

2- B

3- B

4- A

5- B

6- C

7- B

8- A

9- C

10- D

11- B

Comentário final: bom galera, perceberam que a FGV cobra bastante anáfora e catáfora, em detrimento da função exofórica (dêitica). Meu palpite para a próxima prova é que contemplem a função dêitica como resposta da questão. Mas isso veremos daqui a duas semanas.

Lembrando que a função dêitica já foi cobrada, mas salvo engano, cobraram a função de um advérbio. Como não consegui achar a questão, ficamos sem um exemplo desse tipo. Tomem cuidado com a possibilidade dos demonstrativos exercerem papel dêitico. Eu apostaria uma grana que esta será a questão da prova.

Fechamos aqui mais um dos assuntos cobrados “apenas” pela FGV.

Provavelmente não terei tempo de escrever outros artigos sobre a FGV antes da prova de agosto, até porque estou preparando um texto sobre concordância da FCC, que servirá também para o RJ, pois a FGV também cobra o assunto, mas com menos frequência.


Um abraço!

Diego Garcia (Dimalkav)

dimalkav@yahoo.com.br

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Questões sobre funções endofóricas e exofóricas

Olá galera!
Como prometido, trago a vocês questões da FGV sobre o assunto tratado no post passado. Além da questão que eu havia colocado apenas as opções (que eu não consegui identificar de qual prova foi retirada, pois a questão me foi enviada por e-mail), retirei mais dez de provas anteriores. Vocês perceberão que, salvo pouquíssimas exceções, o assunto é tratado da mesma forma, inclusive com as mesmas construções.
Vamos às questões!


Questões da FGV

1- Na frase “meu sonho é este: conseguir um emprego público”, o pronome “este” tem valor:

(A) Exofórico
(B) Epanafórico
(C) Dêitico
(D) Catafórico
(E) Anafórico

(FGV - BESC – Advogado - 2004)"Mas, enquanto isso, no mercado financeiro, os bancos pensam em como superar um dilema." (L.3-4)
O pronome grifado na frase acima exerce uma função anafórica. Assinale a
alternativa em que isso NÃO ocorra.
(A) Chegamos no dia 23 às 22 horas. Nessa noite, as estrelas pareciam
brilhar mais do que o costume.
(B) Nossas dúvidas residem nisto: não saber equacionar problemas.
(C) Os sistemas de busca estão atualizados. Em tais sistemas, é possível
selecionar o idioma de preferência.
(D) Nada há para julgar. Isso resolve mais facilmente o nosso problema.
(E) Os amantes e os amados vivem em desencontros. Estes vivem, sem
dúvida, mais perdidos que aqueles.

(FGV - BESC – Assistente Adm – 2004)Assinale a alternativa em que o que NÃO desempenhe papel idêntico ao do presente em "...reduziu-se o consumo das famílias, que responde por algo como 60% do PIB total". (L.6-7)

(A) "Como me disse um dirigente de empresa que vende para o mercado
local..." (L.1-2)
(B) "Entretanto, é certo que, em 2004, o desempenho do mercado interno será positivo..." (L.34-35)
(C) "...a taxa-Selic continuará a ser reduzida a partir do patamar de 16,5% a
que chegou no fim do ano passado..." (L.38-40)
(D) "...serão necessários vários anos de crescimento continuado para
recuperarmos o que se perdeu." (L.47-48)
(E) "E isso, por sua vez, depende de uma retomada firme dos investimentos, que ainda não está à vista." (L.48-49)

4- (FGV – Fiscal de Rendas MS - 2006)Nas atuais condições em que exerce a sua hegemonia, a direita "moderada" conseguiu infiltrar seus critérios no discurso da esquerda "moderada". (L.54-56)
A palavra seus no trecho acima tem valor:

(A) anafórico.
(B) anastrófico.
(C) catafórico.
(D) hiperbólico.
(E) paragramático.

5- (FGV – Técnico de TI MS - 2006) No texto I, esta (L.14) tem valor:

Texto: E nos deu tantas coisas mais que até piadas criamos sobre
isso. Todo mundo conhece esta, mas eu a repito, estou amparado pelo Estatuto do Idoso.

(A) anafórico.
(B) catafórico.
(C) dêitico.
(D) epanafórico.
(E) paragráfico.

6- (FGV – Fiscal de Rendas RJ – primeira prova) No trecho “O avanço deste não acarreta necessariamente impacto positivo daquela. (L. 91-92)”
demonstrativos exercem, respectivamente, função:

Parágrafo do texto: Esse raciocínio baseia-se, contudo, numa falsa compara
ção. Primeiramente, porque a alocação de novos recursos nada tem a ver, em princípio, com o impacto tecnológico.
O avanço deste não acarreta necessariamente impacto positivo daquela.

(A) anafórica e catafórica.
(B) catafórica e catafórica.
(C) anafórica e anafórica.
(D) catafórica e anafórica.
(E) dêitica e dêitica.

7- (FGV – Fiscal de Rendas RJ – segunda prova) Com base na frase “No seu entender, é lícito tudo que o beneficia” (L.54-55), analise os itens a seguir:
I- O pronome “seu” tem valor anafórico;
II- O sujeito do verbo “beneficia” é “tudo”;
III- O sujeito do verbo “é” é oracional.

Parágrafo do texto: Essa é a razão que socorre o homo oeconomicus, que pensa em sua conveniência econômica e não
reconhece nenhum dever moral de conduta. No seu entender, é lícito tudo que o beneficia

A- todos os itens estão corretos;
B- somente o item I está correto;
C- somente os itens II e III estão corretos;
D- somente os itens I e II estão corretos;
E- somente os itens I e III estão corretos.

8- (FGV – Ministério da Cultura – Agente Adm – 2006) Desse (L.23) tem valor:

Parágrafo do texto: Lá, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barracão dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e
ibéricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, a estranha
mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba.
"Resolvi registrar esse convívio e, aos poucos, ia me
embrenhando na favela para conhecer seus personagens."

(A) anafórico.
(B) catafórico.
(C) dêitico.
(D) adverbial.
(E) substantivo.

9- (FGV – Ministério da Cultura – Analista de Sist – 2006) O pronome Esse (L.40) tem, no texto I, valor:

Parte do Texto: O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos,
convidados e imprensa se misturavam para ouvir histórias,
receber a bênção e acompanhar os brevíssimos discursos.
Antes de começar a festa, os vizinhos já tinham tomado conta
da Casa, na alegria deste sinal de vida nova...
Esse exemplo de união pela cidadania deveria mover
muitas vezes o poder público, o empresariado, os artistas e a
comunidade para semear Casas da Leitura pelo Acre como
seringueiras e castanheiras.

(A) díctico.
(B) catafórico.
(C) anafórico.
(D) metafórico.
(E) resumitivo.

10- (FGV - Potigás – Administrador – 2006) A diplomacia é exatamente isto: a arte de usar sinais e palavras para manifestar agrados e desagrados, defender interesses e estabelecer limites, construir respeito recíproco e
negociar parcerias. (L.37-40)
O pronome destacado no trecho acima exerce função:
(A) anafórica.
(B) dêitica.
(C) epanafórica.
(D) catafórica.
(E) díctica.

11- (FGV – TJ MS – 2008) “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais longe,
e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou
regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o
desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social
e ambiental.” (L.37-41)
Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente,
valor:

Trecho anterior ao parágrafo citado:
“Os países mais pobres viram na OMC a possibilidade de se unir contra os mais fortes. Valeram-se disso ao bloquear a negociação em Cancún, paralisada desde a rodada de Doha.”

(A) catafórico e catafórico.
(B) anafórico e anafórico.
(C) dêitico e dêitico.
(D) anafórico e catafórico.
(E) catafórico e anafórico.


Farei alguns comentários sobre essas questões no fim de semana, assim como darei dicas de como resolvê-las ok?!
Caso tenham dúvidas em outras questões, postem-nas nos comentários, pois assim, todos terão acesso à resposta.
Forte abraço!

Diego Garcia (Dimalkav)
dimalkav@yahoo.com.br

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Funções Dêitica, Anafórica, Catafórica, Exofórica, Epanafórica...

Olá pessoal!
Em virtude da dificuldade de encontrar-se um único texto desvendando os mistérios dessas funções, comumente exploradas pela FGV em provas de língua portuguesa, decidi tentar reunir todas neste artigo, de forma a orientá-los sobre a correta classificação das palavras que exercem os referidos papéis.

Função Endofórica x Função Exofórica

Inicialmente, é preciso identificarmos esses dois conceitos. Embora a FGV não use o termo “endofórica” nas questões, o faz com a palavra “exofórica”. Como exemplo, mostro-lhes as opções de uma questão que já caiu em prova:
(A) Exofórico
(B) Epanafórico
(C) Dêitico
(D) Catafórico
(E) Anafórico

O enunciado não é importante no momento, basta que percebamos quais funções foram colocadas como opções de resposta. No final deste artigo, será possível responder essa questão, sem mesmo termos lido o enunciado. Tenhamos um pouco de paciência até lá!
Quero, com essa pequena introdução, informar que as palavras “endofórica” e “exofórica” são, na verdade, gêneros, dos quais são derivadas as demais funções. Entretanto, como podemos perceber pelas alternativas da questão acima, nada impede que esses termos sejam usados de forma geral, ou até mesmo de forma específica. Vejamos:

A função endofórica pode ser classificada em anafórica ou catafórica (estudaremos cada função separadamente). Já a função exofórica é mais conhecida como dêitica (ou díctica). Mas qual é a diferença entre endofórica e exofórica?
A resposta é bastante simples! Basta atentarmos aos prefixos formadores dos conceitos:
Endo – prefixo grego que significa “dentro”.
Exo – prefixo grego que significa “fora”.

Ora, como estamos tratando de recursos textuais, concluiremos que as palavras com função endofórica se relacionam com termos do próprio texto. Já as exofóricas trazem algo de fora para dentro do texto.
Entendidos os conceitos, passemos à análise de cada função:

Anafórica

Em primeiro lugar, gostaria de alertar para o fato de que “anáfora” pode ser também uma figura de linguagem, que consiste na repetição da mesma palavra no início de várias frases. Não precisam se preocupar, pois a função anafórica está relacionada a este conceito.
Uma palavra anafórica tem a função de retomar algo (não necessariamente uma palavra) já mencionado no texto, muitas vezes a fim de evitar repetições desnecessárias ou viciosas.
O exemplo mais comum de anáfora é um dos usos dos pronomes demonstrativos:
Exemplo: Farei duas provas em agosto, a do ICMS-RJ e a do ICMS-SP. Prefiro passar naquela a nesta, pois moro no Rio de Janeiro.
ICMS-RJ < (n)aquela ICMS-SP < (n)esta Outro exemplo para ilustrar essa função é o uso do pronome relativo “que” e suas variações, retomando um termo anterior. Exemplo.: Ainda não li o texto que ele escreveu. texto < que (Ainda não li o texto / Ele escreveu o texto) Catafórica Já a palavra catafórica tem a função de antecipar algo que ainda será dito ou escrito. Nesse caso, não haverá repetição, pois a palavra irá apresentar a ideia. O exemplo mais comum (e mais cobrado pela FGV) é o pronome demonstrativo que faz referência a um aposto. Exemplo: Nosso objetivo é este: passar em um bom concurso. este > passar em um bom concurso

Da mesma forma que o relativo “que” faz referência a um termo anterior, o “cujo” se refere a um termo que ainda será explicitado na frase.
Exemplo: Conheço uma menina cujo pai é auditor da Receita.
cujo > pai

Dêitica

A função dêitica, às vezes chamada de díctica, é aquela que faz a referência exofórica, sendo responsável por localizar algo no tempo ou no espaço.
“Como assim Diego?!”
Ora, prestem atenção na seguinte frase: Aqui está muito frio.
Onde eu estou?
Bom leitor, a sua resposta deverá ser: “Não sei! Só sei que estava frio no lugar em que você escreveu o texto”
Exatamente, até porque, no momento que vocês estão lendo o texto, eu não estou mais “aqui”.
Acabamos de ver um exemplo de referência espacial, ou seja, uma palavra (no caso, o advérbio “aqui”) que traz uma ideia de fora para este texto.
O mesmo acontece com advérbios de tempo. Por exemplo, se eu disser que ontem fui ao cinema (mentira, fiquei em casa estudando...), vocês precisarão saber em que data eu escrevi o texto, aí sim, poderão identificar o referente do advérbio de tempo.
É interessante fazer uma relação entre os dêiticos e a passagem do discurso direto para o indireto (outro assunto que a FGV gosta de cobrar), pois a alteração deles é normalmente necessária.
Exemplo: se eu escrever o seguinte na data de hoje:
Na semana que vem, comprarei alguns livros.
Vocês terão uma semana para ler a frase com seu sentido original. A partir da próxima semana, a frase correta será:
Diego escreveu que compraria alguns livros na semana seguinte.

O maior problema não é esse, mas sim a possibilidade de pronomes demonstrativos exercerem função dêitica, como eu já expliquei no comentário da questão do post anterior.
Vou explicar a diferença da seguinte forma:
Imaginem que estamos frente a frente, eu e você, caro(a) leitor(a). Mas não estamos sozinhos, há duas meninas a mais, uma ao meu lado, a outra ao seu lado.
Suponhamos que eu diga: Essa é a minha irmã.
Estou falando da menina ao meu ou ao seu lado?
Haveria diferença se eu dissesse “Esta é a minha irmã.” ?
Ou então “Aquela é a minha irmã.” ?
A resposta é sim! Há diferença em cada uma das frases, pois a referência espacial de cada pronome é diferente.
Essa é a minha irmã : minha irmã está ao seu lado.
Esta é a minha irmã: minha irmã está ao meu lado.
Aquela é a minha irmã: minha irmã não está ao meu lado, muito menos ao seu. Ela está longe de mim e longe de você.

Percebam que não é fácil explicar em texto algo que está fora dele. Espero ter criado um bom exemplo.

Epanafórica

Temos aqui não uma função, mas sim uma figura de linguagem, semelhante à anáfora, ou seja, é a repetição de uma palavra no início de cada verso ou frase. Além da epanáfora, há várias outras figuras com nomes parecidos, que podem ser colocadas para confundir nossas cabeças: epanadiplose, epanalepse, epanastrofe, epânodo. Todas elas são tipos de repetição de palavras, ora no início, ora no fim das frases.

Como eu mencionei no início do texto, agora é possível responder a questão sem o enunciado. Já que exofórico = dêitico e epanafórico = anáforico. A resposta só pode ser a letra D (catafórico). Esta e outras questões poderão ser resolvidas no próximo post. Estou selecionando todas as questões sobre esse assunto nas provas da FGV. Iremos, de uma vez por todas, acabar com o medo desse tipo de questão!

Gostaria de deixar claro que não tenho a intenção de esgotar o assunto, até porque este é um tema para cursos de linguística. Pretendo apenas capacitar todos vocês a fazer qualquer questão a nível de FGV. Tenho certeza que muitos passarão a achar graça de algumas questões, de tão fáceis.

Um forte abraço e bom estudo!

Diego Garcia (Dimalkav)
dimalkav@yahoo.com.br

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Comentários sobre o simulado FGV

Olá pessoal!

Hoje, comentarei as questões do simulado do tópico passado.

O nível das questões foi relativamente alto, já que eu coloquei algumas exceções de certos assuntos. Como já é de conhecimento de muitos, a regra geral dificilmente é cobrada em provas certo?!

Vamos lá!

1- Observe a seguinte frase: “Derrotou, naquela fatídica data, a França ao Brasil.” Indique a opção em que o termo sublinhado tenha a mesma função sintática deste:

Comentário: Essa questão pode ser dividida em duas partes:

1- identificação da função sintática de “ao Brasil”;

2- escolha da opção em que temos a mesma função do termo sublinhado.

É extremamente importante atentarmos à transitividade do verbo “derrotar”, pois por falta de atenção, alguém poderia considerar “ao Brasil” objeto indireto. Ora, o verbo é transitivo direto, de forma que seu complemento será um objeto direto.

Aí temos uma pergunta interessante:

Existe objeto direto preposicionado?

A resposta é SIM, em dois casos, mais especificamente:

1- para dar ênfase, o que não é o nosso caso;

2- quando tanto o sujeito quanto o objeto estão pospostos ao verbo transitivo direto;

Vejam só, se a frase fosse “Derrotou o Brasil a França / Derrotou a França o Brasil” haveria duas possibilidades de vencedor / perdedor. Dessa forma, usamos a preposição para diferenciarmos as funções sintáticas, e consequentemente eliminarmos a dupla interpretação.

Portanto, fica fácil perceber que eu me referi à final da Copa do Mundo de 1998, quando a França venceu o Brasil por 3 a 0. Percebam que dessa vez, como cada seleção foi colocada em sua devida posição, não houve problema de interpretação.

a) É importante que façamos simulados.

A oração sublinhada é subordinada substantiva subjetiva (função de sujeito).

b) Digo que a prova será difícil. V

A oração sublinhada é subordinada substantiva objetiva direta (função de objeto direto)

c) Entrego-lhe tudo que tenho.

d) Não necessitamos de ajuda alguma.

Temos nas letras C e D dois objetos indiretos. Quem tivesse feito aquele raciocínio equivocado teria duas opções para marcar!

e) Tenho necessidade de estudar.

Finalmente, aqui temos um complemento nominal, novamente uma preposição para tentar confundir os mais desatentos.

2- Marque a palavra que não é formada pelo mesmo processo de formação das demais.

Comentário: este é um tipo de questão que pode complicar nossas vidas na hora da prova, pois é comum a banca usar palavras não muito comuns, o que fará com que fiquemos em dúvida entre duas ou três palavras.

Procurei fugir um pouco do tradicional (cobrança da derivação parassintética), colocando um caso de hibridismo, que é a junção de morfemas de origens diferentes (nesse caso latina e grega) na mesma palavra. Em todos os outros casos, há derivação sufixal.

a) felizmente (sufixo -mente)

b) sociologia V

c) obediência (sufixo –ência)

d) concurseiro (sufixo –eiro)

e) arcadismo (sufixo –ismo)

3- Supondo que existisse o seguinte artigo na Constituição Federal, analise as alternativas:

Art 251. A partir de 01 de janeiro de 2010, passam a ser vedadas quaisquer imunidades não previstas nesta Constituição.

I- a ideia de que imunidades são previstas infraconstitucionalmente é um subentendido;

Comentário: apesar da ideia da afirmativa I ser um implícito, não se trata de um subentendido, mas sim de um pressuposto, identificável a partir do advérbio de negação.

II- o verbo sublinhado permite a identificação de um pressuposto;

Comentário: afirmativa correta! O verbo “passar” permite a identificação do seguinte pressuposto: Algo (as imunidades) não era vedado.

III- o pronome “nesta” possui função anafórica, visto que faz referência a um termo do artigo;

Comentário: para ter função anafórica, a palavra deveria se referir a um termo expresso anteriormente. Veremos como classificar esse tipo de pronome no próximo artigo.

a) apenas o item I está incorreto;

b) apenas o item II está correto; V

c) os itens I e II estão corretos;

d) todos os itens estão corretos;

e) todos os itens estão incorretos.

4- Houve erro no uso da crase na seguinte alternativa:

a) Não me referi a este, mas sim àquele comentário.

Comentário: regência do verbo – referir a algo

Quando ocorre fusão da preposição com o demonstrativo “aquele(a)” devemos usar o acento indicativo de crase.

b) Às vezes, esquecemos detalhes importantes.

Comentário: devemos usar crase em expressões femininas. Percebam que o significado muda sem a crase.

c) Todos meus amigos preferem o carro à bicicleta.

Comentário: caso especial do verbo preferir. Quando houver artigo antes do primeiro termo, haverá também no segundo. Dessa forma, se o segundo termo for feminino, devemos usar crase.

d) Levaremos esta situação até às últimas consequências.

Comentário: esta foi a pegadinha da questão, pois, sinceramente, não me lembro de ter lido uma frase em que alguém tenha usado crase nesse caso.

Fica um alerta: cuidado com os casos de crase facultativa!

e) O atirador visou à arma do bandido e atirou. V

Comentário: a resposta da questão! Aqui, o verbo “visar” foi usado com o sentido de “mirar”, que pede objeto direto (o que também ocorre com o sentido de “dar visto”). Já o famoso “visar a algo” tem sentido de “objetivar”, “desejar”.

Obs.: alguns gramáticos admitem transitividade direta mesmo neste último caso.

5- Indique a opção correta:

Comentário: regrinha simples de concordância!

tal (tais) – concorda com o termo anterior

qual (quais) – concorda com o termo posterior

a) Os irmãos são tal qual o pai.

b) Meu pai é tal quais meus tios. V

c) Minha mãe é tal qual as irmãs dela.

d) Meus amigos são tais quais meu irmão.

e) Concurseiros são tal quais guerreiros.



6- Marque a opção que melhor reproduz a frase da tirinha no discurso indireto:

Comentário: questão de discurso indireto bem fácil!

1- o verbo “dizer” fica no pretérito perfeito, já que estamos nos referindo a um acontecimento passado.

Atenção: havia dito = tinha dito = dissera ( todos se referem a um evento anterior a um outro evento passado)

2- o advérbio “aqui” deve ser substituído por “lá”, já que não estamos na cena.

3- o verbo “ser” também fica no pretérito perfeito.

4- vamos analisar melhor o pronome “esse” na próxima questão. Basta, por enquanto, sabermos que ele deve ser substituído por “aquele”.

5- o verbo “ficar” também passa para o passado, só que para o pretérito imperfeito, pois estamos tratando de um estado permanente na época.

a) Ele disse que aqui é o Nº 35, que aquele castelo fica lá embaixo.

b) Ele havia dito que lá é o Nº 35, que esse castelo ficava lá embaixo.

c) Ele tinha dito que aqui é o Nº 35, que aquele castelo fica lá embaixo.

d) Ele disse que lá era o Nº 35, que aquele castelo ficava lá embaixo. V

e) Ele dissera que lá era o Nº 35, que aquele castelo fica lá embaixo.

7- Qual a função das palavras “aqui” e “esse” respectivamente na tirinha?

Comentário: vou fazer uma análise simplificada da questão, já que o próximo texto será sobre esse assunto ok?! Então guardem as dúvidas. Vou aproveitar para responder a dúvida do Marcelo, sobre a função do pronome “esse”.

Inicialmente, acredito que todos tenham tido facilidade em identificar a função dêitica do advérbio “aqui”. Lembrando que a função dêitica refere-se a uma localização de algo no tempo ou no espaço em relação ao emissor, ao receptor ou a terceiros. Temos, portanto, dois dêiticos na tirinha: os advérbios “aqui” e “lá”, que estão se referindo aos dois castelos ( o que o Hagar está procurando não podemos ver, tanto que o rapaz usou o advérbio “lá”).

Já o pronome “esse” tem função anafórica. Bem, alguns de vocês podem pensar o seguinte:

“Ora Diego, você escreveu lá na terceira questão que um pronome anafórico se refere a algo anteriormente mencionado, mas eu não vejo o termo anterior na tirinha! Não pode ser anafórico!!!”

Minha explicação é a seguinte: na tirinha, temos uma resposta certo?! (tanto que ela inicia pelo advérbio de negação “não”).

Se há resposta, tem que ter havido uma pergunta. E que pergunta seria essa? Seria mais ou menos assim:

Hagar: Esse castelo é o número 30? (coloquei esse número para que a resposta faça sentido. Lembrem que o carinha disse lá embaixo. Então o Hagar está procurando por um castelo anterior ao de número 35)

Perceberam o termo ao qual o pronome faz referência?

“Sim Diego, agora sim! O pronome refere-se a expressão esse castelo

Não!!! Veja bem caro leitor! Se o pronome se referir a esse castelo, o rapaz estará falando do castelo dele, quando, na verdade, ele se refere ao castelo que o Hagar está procurando.

“Ah, agora sim! Mas Diego, por que então o pronome não é dêitico, já que ele se refere ao outro castelo?”

Boa pergunta! Mas agora é a minha vez de perguntar. Ele situa o castelo no tempo / espaço?

Não, tanto que existe um advérbio logo depois com essa função certo?!

O pronome se refere ao “(castelo) número 30” da pergunta.

Duas observações para fecharmos essa questão:

1- Retornemos à pergunta do Hagar:

Hagar: Esse castelo é o número 30?

Qual a função do pronome “esse”?

“Agora ficou fácil Diego! Na pergunta, ele faz referência espacial, já que o castelo está próximo do receptor. Se estivesse mais perto do Hagar seria “este” né?!”

Perfeito! Esse raciocínio confirma a função anafórica do pronome “esse” na resposta, pois caso ele estivesse situando o outro castelo no espaço, não seria “esse”, mas sim “aquele”, já que o castelo está longe do emissor e do receptor.

2- função dêitica = função díctica

a) díctica e anafórica V

b) dêitica e catafórica

c) anafórica e exofórica

d) catafórica e epanafórica

e) anafórica e catafórica

8- Ocorreu erro de concordância na seguinte opção:

Comentário: percebam que 3 opções apresentam o pronome relativo “que”, possibilitando a concordância no singular ou no plural. Já nas letras B e C, onde não há o pronome relativo, a concordância deve ser feita no singular.

Pretendo escrever sobre pronomes relativos em breve, mas, por enquanto, fica a dica: normalmente, em orações adjetivas restritivas, o verbo poderá concordar todos os possíveis referentes do pronome relativo.

a) Um dos alunos que estava em sala durante o intervalo ouviu o boato.

b) Uma das provas de 2008, para fiscal de rendas do RJ, estavam difíceis. V

c) Um dos participantes do Fórum Concurseiros não conseguiu fazer o simulado.

d) Uma das meninas que passaram no primeiro concurso estudava apenas quatro horas diárias.

e) Ele foi um dos que queriam ter mais uma chance.

9- Observe as afirmativas:

I- Fulano gostaria que eu mantivesse o ritmo de estudos para o concurso.

Comentário: o verbo “manter” deve ser conjugado com base no verbo “ter”.

Opção correta!

II- Se beltrano não expuser os motivos da falta, não poderá realizar outra prova.

Comentário: o verbo “expor” deve ser conjugado com base no verbo “pôr”.

Opção correta!

III- Quando cicrano requiser maiores informações sobre o assunto, será tarde demais.

Comentário: ao contrário dos verbos anteriores, temos aqui um falso derivado! O verbo “requerer” não se conjuga com base no verbo “querer”! A forma correta seria “requerer”.

Obs.: esse tipo de questão é praticamente garantido em provas da FCC! Então, quem for prestar a prova para o ICMS-SP, não deixe de gravar os seguintes verbos: requerer e prover. Eles caem em quase todas as provas!

a) I e II estão corretas. V

b) II e III estão corretas.

c) I e III estão corretas.

d) todas estão corretas.

e) todas estão incorretas.

É isso pessoal!

A partir de agora, darei continuidade aos textos teóricos, focando, por enquanto, em temas cobrados pela FGV. O próximo artigo será sobre dêiticos, anáforas etc.

Um abraço!

Diego Garcia (Dimalkav)

dimalkav@yahoo.com.br